A tal insegurança feminina - Por Myla Crosk
Nós todas (mulheres) viemos da mesma fornada. Não importa idade, classe social, cidade natal...Não importa. É mulher? Então estamos juntas e misturadas! Na fornada, na dor e na delícia. Podem apostar que estamos sim.
Se você estiver namorando, casada ou noiva, se o coração estiver bem, vai ter alguma tal inquietação feminina para me contar. IMPOSSIVEL não ter. Nem vem torcer o nariz tipo “Não, sinto muito, eu não! Estou aqui ótima-linda-maravilhosa! Nada me inquieta”. Jamais acreditarei.
Sempre tem alguma coisinha que te tira o sono. Do contrario, não teria o equilíbrio. A bonança não seria tão especial se não viesse logo depois da tempestade. Bem isso, né?
Pensando na minha insegurança de agora, já que estou com 29 anos...Foram tantos planos quando nova para quando chegasse essa idade. Achava que “bom, casada não e nem filhos, mais bem sucedida e financeiramente independente e claro, já teria conhecido os quatros cantos do mundo". Porém, penso logo em sequência que estou tão bem com 29. Não me lembro de ter tido um segundo sequer dessa paz no coração quando mais nova. Me sinto mais interessante e pronta do que nunca.
Sempre fui de pular do abismo. De viver intensamente, mas aos 27 tive aquelas crises de historia de cinema de ser casada-com filhos-emprego-dos-sonhos (que logo passou mas a parte do emprego nem quero que passe).
Tenho todos os meus sonhos dentro de mim, todos os dias, da hora que acordo até a hora de dormir. E penso que são eles que me fazem viver ligada no 220v, pronta para o game. Sempre fazendo minha parte, plantando minhas sementes, conquistando, cuidando, orando e caminhando...
A diferença é que hoje, com 29, tenho paz para caminhar. A paz que só descobri depois de 20 e muitos. Quando fiz as pazes comigo mesma, sabe? Porque a gente com vinte e poucos adoro se boicotar.
Não dar espaço para pensar bobagem.
Não querer quem não quer a gente.
Deixar de agradar.
Sem pretensão de cantar de evoluída porque sei que sempre, a qualquer momento, a casa pode cair. A gente pode cruzar a esquina e conhecer um idiota só pra a vida tirar onda com a nossa cara de mulher madura. Pode ser, não estamos imunes, mas estamos espertas! E a ideia é se proteger...Sempre... Se gostar! Se amar mesmo, perdoem o clichê!
O meu negócio agora é cortar o mal pela raiz e virar a página. Tirando problema de saúde, a gente sempre se ajeita. Aí é escolher se quer com emoção ou sem emoção. Com sorriso ou gargalhada. Escolher as lembranças para depois escolher o que os outros vão poder fazer com você. Bem assim, o que tá afim de viver!!
Afinal de contas a dor é inevitável. Agora o sofrimento é opcional.
Um brinde às nossas inseguranças de hoje, que serão responsáveis pela mulher que seremos amanhã. E que venham as próximas. E os próximos anos para a gente brindar!
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