Crônica dos 30 (e poucos)
Nasci em 81, vivi uma infância incrível, influenciada por música clássica e rock. Na minha cabeça, queria diversão, mas brincava (como toda criança) de " o que você vai ser quando crescer? "! Quis ser tanta coisa, mas a que fica em minha cabeça é ser professora, tinha quadro, cadeiras e giz.Cheguei aos 20 e essa pergunta nunca cala, aos 24 passei pra cursar Letras, aos 26 passei pra cursar Zootecnia, aos 28 voltei pra Letras.
Enfim os 30, ah, Balzac, você e sua teoria da mulher de 30, enfim, Balzquiana, mas o que é uma mulher Balzquiana, uma mulher de 30?
Estava formada, trabalhando, tinha meu dinheiro, gastava em futilidades (quem nunca? ), mas me veio aquela vontade de ser mãe, bateu aos 31 anos. O pai,eu tinha escolhido aos 24 e ele 18 (sim, uma louca apaixonada que disse ao atual marido que ele seria pai da filha dela). Bom, 3 tentativas de engravidar, duas frustradas e finalizadas em abortos espontâneos, talvez não fosse o momento, um vazio, um série de perguntas sem respostas, um novo vazio.
Cheguei aos 31 e grávida, como vai ser agora? E as futilidades? E a liberdade? E a relação?
Mais perguntas sem respostas, por que essas perguntas vêm sempre, mas nenhuma gota de arrependimento.
As futilidades cessaram, não 100%. A mulher, algumas, quando viram mãe se anulam, aconteceu, acontece e acontecerá. Minha liberdade é compartilhada entre eu e ela. Minha relação tem altos e baixos, tem e terá.
Que venha os 40, sim, penso nele.
Limonada by Emanuela
Manu, conta pra gente essa mudança do curso de Letras para Zootecnia e o retorno pra Letras! Fiquei curiosa!
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